O furacão Sandy se transformou na maior tempestade dos últimos 80 anos nos Estados Unidos, depois da devastadora Irene em 2011. Pelo menos 16 pessoas morreram e sete milhões estão sem energia elétrica. As autoridades locais classificaram a tempestade como desastre devastador.
Em Nova York, sete pessoas morreram e cerca
de 400 mil estão em abrigos públicos ou na casa de parentes e amigos. A cidade
está deserta e nada funciona: comércio, escolas, serviços públicos, transporte
e a bolsa de valores - a mais importante do mundo - estão fechados pelo segundo
dia.
Quase 650 mil pessoas estão sem luz na
cidade, um recorde histórico para a Companhia de Energia. A prefeitura montou
uma operação de socorro para transferir pacientes dos hospitais sem energia.
Quando a tempestade tocou o solo, às 22hs, rapidamente Manhattan
ficou com várias partes alagadas. O apagão foi causado por uma explosão em uma
subestação da Con Edison, a empresa que fornece energia para Nova York. Quando
as estações começaram a pegar fogo, em várias partes da cidade, foi possível
ouvir o barulho das explosões e ver os clarões no céu.
No bairro do Queens, um grande incêndio em
uma zona completamente alagada destruiu 80 casas. Perto do Aeroporto JFK, o
principal de Nova York, os bombeiros passaram a madrugada tentando combater o
fogo. Um morador do bairro morreu quando uma árvore atingiu a casa dele. Um
bombeiro e mais dois moradores ficaram feridos.
Além da chuva forte, o vento chegou a uma
velocidade de 180 km/h. A 300 metros de altura, um guindaste ameaçou desabar em
uma rua localizada a poucos metros do Central Park. O rio Hudson transbordou e
ocupou duas pistas da avenida que dá acesso ao início da ilha. Quem tentou
passar, ficou parado no meio do caminho.
O nível da água em Battery Park, área
próxima ao World Trade Center e à Bolsa de Valores, subiu quase 3,5 metros, um
recorde em 200 anos. A polícia interditou a Oitava Avenida, na altura da Rua
14. O vento forte e a chuva intensa derrubaram a fachada de um prédio de quatro
andares. O desabamento atingiu um carro estacionado em frente, mas ninguém se
machucou.
Com o fenômeno, todo o sistema de
transportes de Nova York parou. Sete túneis do metrô estão alagados e cheios de
água salgada, o que agrava a situação, porque o sal corrói as partes elétricas
e de metal e pode destruir o sistema de sinalização, fundamental para a
segurança. Toda a água terá que ser bombeada e o sistema passará por limpeza e
reparos. Ainda não há previsão de quando o metrô vai voltar a circular. Em
algumas linhas, isso pode levar dias.
Várias garagens de ônibus também foram
danificadas. As autoridades de transporte estão reunidas para fazer um balanço
dos estragos e montar um plano de emergência, afinal, quase seis milhões de
pessoas usam o metrô todos os dias na cidade.
As usinas nucleares que produzem energia
elétrica também são motivos de preocupação. Duas delas estão paradas por motivo
de segurança. Uma terceira usina está em estado de alerta, porque estava sendo
reabastecida e o nível de água no local é bastante alto. Ela é a mais antiga
dos Estados Unidos e fica a 240 km de nova York.
Fonte: G1notícias
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