Em sua exposição, iniciada por
volta das 14h30 desta sexta-feira, no julgamento do mensalão no Supremo
Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
comparou José Dirceu, um dos 38 réus do processo, a chefes de quadrilha.
A comparação ocorreu quando Gurgel rebateu as declarações de Dirceu que
garantiu não haver provas de sua participação no suposto esquema. "Isso porque, como quase sempre ocorre com chefes de quadrilha, o
acusado não aparece por não aparecer ostensivamente nos atos de execução do
esquema", disse ele.
Gurgel garantiu que, ao contrário
do que é sustentado pela defesa, a procuradoria comprovou os fatos atribuídos a
Dirceu. O procurador, que iniciou sua fala pelo chamado "núcleo político"
do processo, garantiu ter provas robustas para pedir a condenação de 36 dos 38
réus. "Começo fazendo um breve comentário sobre uma afirmação recorrente
de defensores dos réus, no sentido que o mensalão não passaria de uma criação,
de verdadeiro delírio do Ministério Público. A robustez da prova colhida faz
risível a assertiva."
Gurgel destacou um trecho de seu
memorial de acusação que considera o suposto esquema uma "sofisticada
organização criminosa". "É o mais atrevido escândalo de
desvio de dinheiro público flagrado na história do Brasil", afirmou ele.
Fonte: Google Notícias
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