quinta-feira, 11 de abril de 2019
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
ENEM: Fraude em Minas Gerais
O esquema era facilitado pelos fiscais da prova, contratados pelo MEC, que minutos antes repassavam o caderno de provas com todas as questões resolvidas. A quadrilha cobrava cerca de 100 mil reais pelo gabarito que era repassado aos estudantes por meio de celulares de plástico.
O chefe do bando José Claudio de Oliveira agia em casa e em seu carro foram apreendidos cadernos com as questões do ENEM e listas com os contatos dos estudantes. Outras 35 pessoas acabaram presas.
O bando, que também vendia respostas em vestibulares de medicina, agia em dezessete cidades mineiras e no Rio de Janeiro.
sábado, 22 de junho de 2013
Reflexão - Possível Perspectiva Temerosa
Regime ou Ditadura
militar no Brasil foi o regime autoritário que governou o país de 1º de abril de 1964 até 15 de março de
1985. A implantação da ditadura começou com o Golpe de
Estado de 1964, quando as Forças Armadas do Brasil derrubaram o governo do presidente constitucional João
Goulart e terminou quando José
Sarney assumiu o cargo de presidente. A revolta militar foi fomentada por Magalhães Pinto, Adhemar
de Barros e Carlos
Lacerda, governadores dos estados de Minas
Gerais, São
Paulo e Rio
de Janeiro, respectivamente, com apoio dos grandes
veículos de comunição. O regime militar brasileiro inspirou o modelo de outros
regimes militares e ditaduras por toda a América
Latina, sistematizando a "Doutrina de Segurança Nacional", que justificava ações militares como forma de
proteger o "interesse da segurança nacional" em tempos de crise.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Justiça Americana Proíbe Laboratórios de Patentear Genes Humanos
A Suprema
Corte dos Estados Unidos decidiu nesta quinta-feira (13) que empresas não podem
patentear genes humanos, uma vez que eles são produto da natureza, mas manteve
a permissão para o patenteamento de DNA sintético.
A decisão foi unânime e
reverte três décadas de concessões de patentes genéticas por agências
governamentais norte-americanas.
"Nós
sustentamos que um filamento de DNA produzido pelo organismo humano é um
produto da natureza e não pode ser patenteado pelo simples fato de ter sido
identificado e isolado", escreveu o juiz Clarence Thomas.
A Suprema
Corte considera que leis da natureza, fenômenos naturais e ideias abstratas não
podem ser patenteados.
No entanto, os
juízes norte-americanos consideraram que o DNA sintético - desenvolvido em laboratório
e também conhecido como cDNA, ou DNA complementar - pode ser patenteado,
"uma vez que não se trata de um produto da natureza", escreveu o juiz
Thomas.
Ao longo de
quase 30 anos, a Agência de Marcas e Patentes dos EUA vinha outorgando patentes
de genes humanos.
Mais
recentemente, opositores dessas concessões questionaram o patenteamento de um
exame desenvolvido pela empresa de biotecnologia Myriad Genetics envolvendo
dois genes humanos (BRCA1 e BRCA2) vinculados aos riscos de se contrair câncer
de mama ou ovário.
O exame em
questão ganhou notoriedade há apenas algumas semanas, quando a atriz Angelina
Jolie revelou ter-se submetido a uma mastectomia dupla por causa de um desses
genes.
Apesar de a
decisão referente aos genes humanos ter potencial para afetar profundamente um
ramo emergente e lucrativo do mercado de biotecnologia, a opinião da Suprema
Corte sobre o DNA sintético mantém a porta aberta para o patenteamento de
descobertas futuras no campo da biotecnologia.
"Hoje, a
Suprema Corte derrubou uma grande barreira aos cuidados com pacientes e à
inovação médica", disse Sandra Park, advogada do Projeto pelos Direitos
das Mulheres da União Pelas Liberdades Civis Americanas (ACLU, na sigla em
inglês).
"A Myriad
não inventou os genes BRCA e não deveria controlá-los. Com a decisão de hoje,
pacientes terão mais acesso aos testes genéticos e cientistas poderão pesquisar
esses genes sem o risco de serem processados", argumentou ela.
Fonte: Jornal do Comércio.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
MEDICAMENTO CONTRA O CÂNCER PODE LEVAR À CURA DO ALZHEIMER
Quatro equipes de cientistas independentes concluíram que um medicamento usado normalmente no combate ao câncer pode levar à redução da placa amilóide no cérebro e contribuir para a cura do mal de Alzheimer. Os testes foram feitos em ratos e obtiveram sucesso. A pesquisa foi publicada na revista norte-americana Science. Porém, cientistas advertem que é necessário ter cautela sobre os efeitos do tratamento.
O estudo mostra que ratos tratados com bexaroteno demonstravam mais rapidez e inteligência e que a placa no cérebro, que causava o Alzheimer, começava a desaparecer em horas. "Queríamos repetir o estudo para verificar o que pode ser analisado e conseguimos fazê-lo", disse o professor de neurologia da Universidade da Flórida, David Borchelt. “Mas é preciso ter certa cautela sobre o futuro no que se refere aos pacientes”, alertou.
Os cientistas observaram que o medicamento funcionava incrementando os níveis da proteína apolipoproteína E (ApoE), que ajuda a eliminar a acumulação da placa amilóide no cérebro, uma característica considerada chave do Alzheimer.
O principal autor do estudo, Gary Landreth, professor no Departamento de Neurociências da Case Western Reserve University School of Medicine, não escondeu a surpresa. “Ficamos surpresos e assombrados. Isso jamais havia sido visto antes”, ressaltou.
Os cientistas se dividiram em quatro grupos distintos para analisar os efeitos da aplicação do medicamento nos ratos. Um grupo notou avanços mentais nos animais. O mal de Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e incurável, que se manifesta geralmente com a perda da memória e de outras capacidades mentais, com o surgimento da demência até a morte.
De acordo com especialistas, a doença se desenvolve atacando as células nervosas (neuronas), que morrem, e as diferentes zonas do cérebro se atrofiam. A doença afeta 36 milhões de pessoas no mundo.
Fonte: Info.abril.com.br
domingo, 17 de fevereiro de 2013
O Papa é Pop...
Uma segunda-feira que tinha tudo para ser banal, sem qualquer indício de que algo extraordinário poderia acontecer.
Sentada na sala de imprensa, ao lado da Praça São Pedro, no Vaticano, a jornalista italiana Giovanna Chirri, pelo monitor, acompanhava uma cerimônia de rotina do Papa Bento XVI com alguns cardeais.
A repórter da agência de notícias ANSA teve um sobressalto quando a reunião acabou e Bento XVI tomou a palavra em latim. Ela, que estudou a língua, entendeu o que o Papa dizia e deu um dos maiores furos do século, ou dos últimos 700 anos.
“O Papa disse que faria um anúncio importante para o futuro da Igreja, que estava ficando muito velho para governar. Fiquei aterrorizada”, conta.
Bento XVI anunciou a sua renúncia, justificando não possuir mais o vigor físico e espiritual para governar a Igreja.
“Ciente da seriedade desse ato, com total liberdade eu declaro que eu renuncio ao ministério de Bispo de Roma confiado a mim pelos cardeais em 19 de abril de 2005. Em 8 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a Sé de São Pedro estará vaga e um conclave para eleger o novo Pontífice Supremo precisará ser convocado”.
Foi assim que Bento XVI anunciou que deixará de ser Papa. “Fiquei muito nervosa, tentei confirmar quando o Papa acabou de falar. Então o Cardeal Angelo Sodano disse que a notícia tinha a força de um raio em um céu claro. Eu estava sentada e as minhas pernas tremiam. Era a demissão de um Papa. Depois que escrevi comecei a soluçar”, conta.
Na sala com Bento XVI estava o cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz. “Eu perguntei: ‘O Papa está se demitindo’? O Papa não mudou nem o tom de voz, nem ergueu os olhos. Realmente foi uma surpresa muito grande pra nós, para todos que estavam ali. Realmente uma novidade que a gente não via há muito tempo”, relata.
Os motivos que teriam levado o Papa Bento XVI a anunciar a sua renúncia, foram discutidos durante toda a semana. Além do cansaço físico, desânimo, intrigas e denúncias de pedofilia na igreja abalaram o Papa. Casos de padres que abusaram de crianças e demoraram para ser julgados pelo Vaticano foram um golpe muito duro.
“A importância de Bento XVI na luta contra a pedofilia é a sua posição muito clara: não se pode mais tolerar a pedofilia. Os padres culpados devem ir para justiça comum. O que faltou fazer? Um decreto que obrigasse os bispos a denunciar os padres pedófilos”, afirma Marco Politi.
No pontificado de quase oito anos, outro escândalo o abalou profundamente. Em maio do ano passado, o jornalista e escritor Gianluigi Nuzzi publicou um livro que chocou a Santa Sé. “Sua santidade” apresentava documentos secretos do Papa, que expuseram cardeais e bispos, principalmente o secretário de Estado, Tarciso Bertone, o segundo posto mais alto do Vaticano.
Para responder à pergunta: quem roubou as cartas de Bento XVI, a polícia vaticana entrou em ação. Como em toda boa história de suspense, o culpado era o mordomo. Paolo Gabriele, que cuidava do apartamento papal, foi preso e confessou. E declarou que a sua intenção era a de proteger o Papa. Mas o mandante, se existe, nunca foi descoberto.
O caso do mordomo ficou conhecido como Vatileaks. Paolo Gabriele foi libertado e perdoado por Bento XVI. “Foi uma questão chata, porque alguém da intimidade, do dia a dia do Papa, com uma atitude que não tem muito a que ver com o que ele fazia. Não se pode pensar em um homem que age assim tão perto do Papa”, afirma Dom João Braz de Aviz.
Em entrevista do ano passado, o escritor contou que os documentos revelavam duras críticas e ataques a Bertone, que vinham de dentro e de fora da Cúria, de autoridades que escreveram ao Papa denunciando atos do secretário de Estado.
Entre as cartas, estava a do então presidente do Banco do Vaticano, Gotti Tedeschi, que teria confessado a Bento XVI o temor de sofrer perseguições por querer mais transparência para o banco.
Em 2010, o Banco do Vaticano foi investigado por lavagem de dinheiro. O então presidente, Gotti Tedeschi, foi demitido pelo Cardeal Bertone há nove meses. O cargo ficou vago até dois dias atrás, quando foi nomeado o alemão Ernest Von Freyberg, presidente de um estaleiro de navios de luxo e integrante de um consórcio que produz navios de guerra.
“Isso não é um bom sinal porque teria sido melhor que a escolha fosse feita pelo novo Papa, com a sua estratégia e com transparência”, afirma Marco Politi.
Vaticanistas apontam a existência de duas facções dentro da cúpula da Igreja. Uma liderada por Tarciso Bertone e outra, pelo ex-secretário de Estado, Angelo Sodano, supondo uma guerra de poder entre elas.
Na missa da quarta-feira de cinzas, o Papa lembrou que Jesus denunciou a hipocrisia religiosa. Para por um fim a uma rivalidade que, segundo Bento XVI deturpa a igreja, ele poderia ter preferido a renúncia para que a Igreja possa recomeçar uma nova estratégia, das cinzas da quaresma, e um novo Papa possa ser eleito até a Páscoa, tempo de ressurreição.
A grande reforma de Bento XVI foi a sua demissão, ter mostrado que o pontificado pode acabar sem a morte de um Papa. Isso completa a reforma de Paulo VI, que queria rejuvenescer a Igreja, e decidiu que os bispos se retirassem aos 75 anos, porque antes ficavam até a sua morte, e que os cardeais não entrassem em conclave depois dos 80 anos.
E que futuro deverá construir para a Igreja o novo Papa? “Tem muitas questões graves que devem ser enfrentadas: a falta de padres, o divórcio, os homossexuais, as relações com as outras igrejas cristãs do mundo. Não sabemos ainda se o conclave terá uma maioria reformista. O certo é que a ala conservadora não vai conseguir impor o seu candidato. Portanto, será um candidato de centro”, afirma Marco Politi.
“Dia 28 acaba a minha missão. Como acaba a de qualquer cardeal. Vou ficar sem emprego, mas eu depois vou para o conclave. Nesse período a gente não tem mais autoridade. Eu sou uma das 117 possibilidades. Mas são 117”, brinca Dom João Braz de Aviz.
Fonte: Globo.com
Para ilustrar vamos relembrar a nossa querida banda gaúcha 'Engenheiros do Hawaii' cantando 'O Papa é Pop', veja o vídeo clipe:
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Fim do Mundo: Profecias Maias explicadas pelos cientistas
Agência
espacial convocou cientistas para mostrar os motivos pelo qual as previsões
para 21 de dezembro são falsas
A Nasa tem
certeza de que o mundo não vai acabar no dia 21 de dezembro de 2012 e faz
questão de informar a todos sobre isso. A organização lançou um vídeo no qual
explica os motivos pelos quais as supostas previsões maias de que a vida se
extinguiria na data são falsas.
O vídeo
recebeu um título que logo de cara mostra a opinião da Nasa: "Why the
World didn't End Yesterday", que significa "Por que o mundo não
acabou ontem". O vídeo parte da premissa de que, se você o está assistindo
no dia 22 de dezembro, é porque o planeta não foi destruído.
Em seguida, a
entidade explica com riqueza de detalhes os motivos pelos quais as supostas
'profecias' dos maias não irão se concretizar.
Toda essa
confusão, segundo a Nasa, deve-se ao calendário maia, que funcionaria como um
odômetro de um carro. Ao zerar, como iria acontecer na fatídica data, ele
deveria reiniciar a contagem, como acontece nos automóveis, e não simplesmente
acabar com a vida no mundo. Assim, nenhuma das ruínas da antiga civilização
contém informações sobre uma possível destruição do planeta.
A Nasa afirma
que um grupo de cientistas organizou um Hangout do Google para discutir suas
descobertas sobre o tema. Don Yeomans, chefe do programa de detecção de objetos
próximos à Terra diz que não nenhum asteroide ou planeta se deslocando em
direção à Terra.
Já a cientista
Lika Guhathakurta diz que o Sol também não é um problema e que a atividade
solar está dentro do normal.
A Nasa
realmente está preocupada com a crença de que a data representará o fim da vida
humana na Terra. No dia 28 de novembro, a agência realizou uma conferência
para tratar do tema e ainda criou uma
seção especial sobre isso em seu site oficial.
"Estamos
fazendo isso porque muitas pessoas escrevem para a Nasa pedindo uma
resposta. Em particular, estou preocupado com crianças que me escrevem dizendo
que estão com medo, que não conseguem dormir, não conseguem comer. Algumas
dizem que estão até pensando em suicídio", afirmou o astrobiologista David
Morrison, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa na ocasião.
Assista o vídeo abaixo, está em inglês mas você pode configurar na barra inferior da janela para ter legendas em português:
Fonte: Olhar Digital
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Joaquim Barbosa x Dilma uma foto que fala mais que 1000 palavras...
A foto de Dida Sampaio é mais que o registro do momento em que Dilma Rousseff, presidente da República há quase dois anos, cumprimentou o ministro Joaquim Barbosa, que acabara de assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal. A imagem documenta a colisão frontal, consumada em estridente silêncio, entre um homem e uma mulher assaltados por sentimentos opostos e movidos por antagônicos estados de ânimo.
O chefe do Poder Judiciário está feliz, de bem com a vida. A chefe do Poder Executivo está contrafeita, nas fímbrias da amargura. Joaquim Barbosa é o anfitrião de uma festa. Dilma Rousseff é a convidada que nada tem a festejar. Está lá por não ter conseguido livrar-se do convite.
Ele se sente em casa e pensa no que fará daqui por diante. Ela pensa no que ele fez e anda fazendo. E se sente obrigada a enviar um recado fisionômico ao padrinho e aos condenados no julgamento do mensalão: se pudesse, estaria longe dali.
Só ele sorri. O sorriso contido informa que o ministro não é homem de exuberâncias e derramamentos. Mas é um sorriso. Os músculos faciais se distenderam, os dentes estão expostos, o movimento da pálpebra escavou rugas nas cercanias do olho esquerdo.
A presidente não sorri. (O companheiro ministro Ricardo Lewandowski foi premiado com sorriso e dois ósculos). Na foto, o que se vê no rosto da presidente é um esgar. A musculatura contraída multiplica os vincos na face direita, junta os lábios num bico pronunciado e assimétrico, faz o olhar passar ao largo do homem à sua frente.
O descompasso das almas é sublinhado pelas mãos que não se apertam. A dele ao menos se abre. A dela, nem isso. Dilma apenas toca Joaquim com a metade dos quatro dedos. Ele a cumprimenta como quem acabou de chegar. Ela esboça um cumprimento de quem não vê a hora de partir.
Conjugados, tais detalhes sugerem que, se Joaquim Barbosa sabe que chefia um dos três Poderes independentes e soberanos, Dilma Rousseff imagina chefiar um Poder que dá ordens aos outros. Ela já deveria ter aprendido com o julgamento do mensalão que as coisas não são assim. A maioria dos ministros é imune a esgares.
Ministros do STF que temem carrancas nem precisam vê-las para atender aos interesses do governo. Não são juízes. São companheiros. Por enquanto, são dois...
surrupiado do Blog do Augusto Nunes...
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Michael Jackson morreu virgem
Escritor Randall Sullivan escreve em novo livro que cantor nunca teve
uma relação sexual
Lançada nos
Estados Unidos, a biografia "Untouchable: The Strange Life and Tragic
Death of Michael Jackson "
("Intocável: A estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson",
em português) afirma que o rei do pop, morto
em 2009 , era virgem.
Em suas páginas, o escritor
Randall Sullivan, ex-editor da revista Rolling Stone, afirma que o cantor
morreu sem ter feito relações sexuais. "De acordo com as evidências, ele
morreu como um virgem de 50 anos, sem nunca ter mantido relações sexuais com
homens, mulheres ou crianças. Esse estado de solidão foi responsável em grande
parte por fazê-lo único como artista e tão infeliz como ser humano".
Apesar
da polêmica, o autor não apresenta provas concretas que sustentem sua
afirmação.
De
acordo com o jornal The New York Times, que resenhou a obra, o livro repassa
outros momentos marcantes da carreira de Jackson sem acrescentar novas
informações. Estão lá os dois processos sofridos pelo cantor, acusado de
molestar uma criança em 1993 e outra em 2005, os relatos de abusos físicos e
psicológicos impostos pelo pai durante sua infância, as dívidas adquiridas pela
má gerência de seus bens e a dependência de drogas que resultaram em sua morte.
Sobre as 50
apresentações marcadas da turnê "This Is It", cujos vídeos de ensaios
acabaram se tornando um documentário, Sullivan empresta palavras do produtor do
show, Kenny Ortega, que colaborou com a biografia. De acordo com ele, as
apresentações "não apenas ajudariam Jackson a equilibrar suas finanças,
mas recuperariam sua dignidade como artista".
Assista os 10 melhores clipes do gênio Michael:
Don’t stop til you get enough
Black or
white
Billie jean
Remember
the time
Beat it
Jam
Thriller
They don’t
care about us
Bad
This is it
Fonte: Ig músicas
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
MENSALÃO: Resultado final com todas as sentenças
Cinco anos após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter aceitado denúncia contra 40 suspeitos de envolvimento no mensalão, os ministros da Corte definiram o futuro dos réus em um julgamento que se estendeu por quase três meses.
O
empresário argentino Carlos Alberto Quaglia foi o primeiro réu a ter seu
destino decidido pela Suprema Corte. Haman Córdova, único defensor público em
meio a tantos advogados de renome, conseguiu garantir a nulidade da ação contra
Quaglia após apontar um erro do STF na condução do processo. Agora, ele vai
responder à Justiça de primeiro grau.
Outros
dois suspeitos de integrar o esquema estão fora do julgamento. Um deles é o
ex-deputado José Janene, que morreu em 2010. O outro é Silvio Pereira,
ex-secretário-geral do PT que fez um acordo com a Justiça para se livrar do
processo. Além deles, 25 pessoas foram condenadas e 11, absolvidas. Confira a
seguir o destino dos réus do mensalão.
Carlos Alberto Quaglia
Na primeira vitória de um réu no
processo do mensalão, os ministros concordaram que a defesa de Carlos Alberto
Quaglia foi cerceada e que houve erro por parte da secretaria do STF ao não
verificar uma troca nos advogados do réu. De acordo com o defensor
público-geral Haman Córdova, as testemunhas convocadas não foram ouvidas,
deixando a defesa falha. Assim, o processo foi encaminhado à Justiça de
primeira instância, que analisará se o dono da corretora Natimar usava a
empresa para lavar o dinheiro do mensalão distribuído ao PP. Responderá em primeira instância pelos crimes de
formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
José Janene
O ex-deputado José Janene era apontado como tesoureiro do PP e
teria recebido o volume de R$ 4,1 milhões em nome do partido para votar a favor
do governo. Em 2006, o então parlamentar foi absolvido do processo de cassação.
Quatro anos depois, em 2010, morreu vítima de uma cardiopatia grave enquanto
estava internado à espera de um transplante de coração.
Deixou de responder pelos
crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Foto: José Cruz/Agência Brasi
Sílvio Pereira
Secretário-geral do PT na época do escândalo, Sílvio Pereira foi
apontado como um dos responsáveis pelas indicações para o preenchimento de
cargos e funções públicas no governo Federal. Para se livrar do processo, ele
fez um acordo com a Justiça para cumprir 750 horas de serviço comunitário e se
apresentar em juízo mensalmente. Ele terminou o trabalho comunitário, mas
deixou de comparecer à Justiça em três meses de 2010.
Deixou de responder pelo crime
de formação de quadrilha
Foto: Agência Brasil
João Paulo Cunha
A maioria dos ministros do STF entendeu que o deputado federal
João Paulo Cunha (PT-SP) sabia da origem ilícita do dinheiro recebido das
empresas de Marcos Valério e que ele favoreceu os negócios do empresário, em
troca da propina, durante sua gestão na presidência da Câmara dos Deputados.
Sobre outra acusação, envolvendo a contratação irregular de uma empresa de
assessoria de imprensa para a Câmara, o deputado foi inocentado pela maioria
dos ministros por falta de provas. Condenado por corrupção
passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Absolvido por outro peculato.
Foto: Renato Araújo/Agência Brasil
Marcos Valério
O empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza foi
apontado pelos ministros do STF como o operador do esquema de compra de votos
de parlamentares por meio da aliança com políticos do PT e com dirigentes do
Banco Rural. Ele ainda foi condenado por causa de desvios na Câmara dos
Deputados e no Banco do Brasil e pelos repasses ao exterior de dinheiro para o
publicitário Duda Mendonça.
Condenado por lavagem de dinheiro, três corrupções ativas, três peculatos, evasão de divisas e formação de quadrilha. Pena de 40 anos, um mês e seis dias de prisão, além do pagamento de R$ 2.783.800 em multas.
Condenado por lavagem de dinheiro, três corrupções ativas, três peculatos, evasão de divisas e formação de quadrilha. Pena de 40 anos, um mês e seis dias de prisão, além do pagamento de R$ 2.783.800 em multas.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Cristiano Paz
Sócio de Marcos Valério nas empresas SMP&B, Graffiti e DNA,
Cristiano Paz foi condenado por negociar empréstimos e a distribuição de
recursos a políticos, buscando obter contratos de publicidade. Embora os
ministros tenham reconhecido uma atuação menor em relação a Valério, ele não
escapou das condenações envolvendo desvios na Câmara dos Deputados e Banco do
Brasil, além da relação com a cúpula petista e com os dirigentes do Banco
Rural. Os ministros só consideraram que não há provas dos repasses ao exterior
para o publicitário Duda Mendonça. Condenado por lavagem de dinheiro, três corrupções ativas, três
peculatos e formação de quadrilha; absolvido por evasão de divisas.
Ramon Hollerbach
Sócio de Marcos Valério nas empresas SMP&B, Graffiti
Participação e DNA Propaganda, Ramon Hollerbach foi condenado pelo STF por
integrar o núcleo comandado pelo empresário no esquema do mensalão. Para os
ministros, a atuação dele foi fundamental na obtenção dos empréstimos que
financiaram a compra de apoio da base aliada. Ele foi apontado como um dos
responsáveis pelos desvios na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil, pelos
repasses a Duda Mendonça no exterior, além da relação criminosa com a cúpula
petista e com os dirigentes do Banco Rural. Condenado por lavagem de dinheiro, três corrupções ativas, três
peculatos, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Henrique Pizzolato
Condenado por unanimidade pelo STF, o ex-diretor de Marketing do
Banco do Brasil foi apontado pelos ministros como responsável por autorizar antecipações
do pagamento da publicidade do Fundo Visanet no valor de R$ 73,8 milhões em
troca de propina paga pelo empresário Marcos Valério. Ele também foi
considerado culpado por não ter solicitado a devolução de R$ 2,9 milhões
referente ao bônus de volume, um incentivo dado pelas empresas de comunicação a
agências de publicidade, proporcional ao valor investido em anúncios.
Condenado por corrupção
passiva, dois peculatos e lavagem de dinheiro.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Luiz Gushiken
Ex-ministro da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da
Presidência da República, Luiz Gushiken foi acusado de permitir desvios de
recursos públicos em benefício da empresa de publicidade DNA, de Marcos
Valério. No entanto, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na sua
sustentação oral no STF, pediu a absolvição do réu por falta de provas. A
posição foi seguida por todos os ministros da Corte. Gushiken se afastou da
política para lutar contra um câncer e recebe tratamento no Hospital Sírio-Libanês,
em São Paulo.
Absolvido de peculato
Ayanna Tenório
Ex-vice-presidente do Banco Rural, Ayanna Tenório foi apontada
pelo relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, como responsável por
autorizar empréstimos às empresas de Marcos Valério sem notificar o Banco
Central. No entanto, os demais ministros entenderam que ela não tinha
conhecimento das operações financeiras, não tendo participação nas fraudes. Absolvida de gestão
fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Foto: Divulgação
José Roberto Salgado
José Roberto Salgado era vice-presidente do Banco Rural na época
do suposto esquema do mensalão. Os ministros entenderam que ele teve
participação ativa na liberação de empréstimos fictícios para o PT e empresas
de Marcos Valério para o pagamento de propina a políticos em troca em apoio ao
governo no Congresso. Ele ainda foi considerado culpado pelo repasse de
dinheiro ao exterior em benefício do publicitário Duda Mendonça. Condenado por gestão fraudulenta de instituição financeira,
lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Foto: Divulgação
Ex-presidente do Banco Rural e uma das acionistas majoritárias
da instituição financeira, Kátia Rabello foi apontada pelos ministros como
responsável pela renovação de empréstimos em benefício dos núcleos financeiro e
político do mensalão. Além de ser enquadrada como parte da "organização
criminosa", ela ainda foi condenada pelos repasses de recursos ao exterior
para o publicitário Duda Mendonça.
Condenada por gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Foto: Divulgação
Condenada por gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Foto: Divulgação
Vinícius Samarane
Apesar de ter uma atuação menor em relação a outros dirigentes
do Banco Rural, o atual vice-presidente da instituição financeira foi apontado
pelos ministros como um dos responsáveis pelos empréstimos ao PT e às empresas
de Marcos Valério, sendo condenado por gestão fraudulenta e lavagem de
dinheiro. No entanto, segundo o STF, não ficou provado o envolvimento dele com
os repasses no exterior para o publicitário Duda Mendonça. Sobre a acusação de
formação de quadrilha, ele também foi absolvido já que o empate na votação
beneficiou o réu. Condenado por gestão fraudulenta de instituição financeira e
lavagem de dinheiro; absolvido por evasão de divisas e formação de quadrilha.
Rogério Tolentino
Advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino foi condenado pela
maioria dos ministros por ter colaborado com a viabilização de empréstimos
fraudulentos junto ao Banco Rural. De acordo com o ministro Joaquim Barbosa,
ele era "companheiro de todas as horas" de Valério e participou de
"todas as maquinações" do grupo criminoso.
Condenado por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de
quadrilha
Foto: Divulgação
Simone Vasconcelos
Para o STF ficou comprovado que a ex-diretora-administrativa da
empresa SMP&B Simone Vasconcelos tinha conhecimento do esquema fraudulento.
Os ministros da Corte foram unânimes ao apontar que ela era responsável por
viabilizar o pagamento de propina a parlamentares, por meio de acertos com o
Banco Rural.
Condenada por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Condenada por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Geiza Dias
O argumento do advogado de Geiza Dias de que ela era uma
funcionária "mequetrefe" do empresário Marcos Valério teve efeito e
os ministros da Suprema Corte entenderam, por maioria, que ela não tinha
conhecimento do esquema criminoso e apenas cumpria ordens. A conduta da ex-gerente
financeira da empresa SMP&B chegou a ser classificada pelo ministro Ayres
Britto como "próprio de servidores que não têm poder de mando".
Absolvida por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, evasão de
divisas e formação de quadrilha.
Foto: Divulgação
Pedro Henry
Embora o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, tenha
argumentado que não havia provas para condenar o então líder do PP na Câmara
dos Deputados, Pedro Henry, por corrupção e lavagem de dinheiro, a maioria da
Corte entendeu que ele recebeu propina em troca da garantia do apoio do partido
aos projetos do governo federal. O parlamenatr só foi absolvido da acusação de
formação de quadrilha.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; absolvido por formação de quadrilha.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; absolvido por formação de quadrilha.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Pedro Corrêa
Presidente do PP à época do escândalo do mensalão, o ex-deputado
federal Pedro Corrêa foi acusado de articular o repasse de dinheiro para
parlamentares da sigla em troca de apoio aos projetos do governo Lula. De
acordo com o ministro Joaquim Barbosa, ele participou da lavagem de milhões de
reais repassados pelo PT. A posição que foi seguida pela maioria da Corte.
Condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de
quadrilha.
Foto: Agência Brasil
João Claudio Genu
Ex-assessor do Partido Progressista (PP), João Claudio Genu foi
apontado pelo relator da ação penal, Joaquim Barbosa, como o grande
intermediário dos recursos repassados ao partido pelo PT. "Ele foi
executor direto e material dos crimes de lavagem de dinheiro para o Partido
Progressista", disse o ministro. A posição do relator foi seguida pela
maioria dos membros da Corte.
Condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de
quadrilha.
Enivaldo Quadrado
Conhecido por ter sido preso com euros na cueca e nas meias,
Enivaldo Quadrado foi condenado por usar a própria empresa - a corretora Bonus
Banval - para repassar dinheiro de Marcos Valério às lideranças do PP. Segundo
o ministro Joaquim Barbosa, funcionários da Banval eram usados para lavar o
dinheiro, já que entregavam os valores desviados em domicílio. A posição do
relator foi seguida pela maioria dos ministros.
Condenado por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Foto: Divulgação
Breno Fischberg
Sócio da corretora Bonus Banval, Breno Fischberg foi condenado
por lavagem de dinheiro por ter recebido R$ 11 milhões para repassar o dinheiro
a pessoas ligadas ao PP. Para o relator do processo, o empresário estava ciente
dos crimes. "Valério e Delúbio se reuniam com os sócios da Bonus Banval
para discutir os repasses. Tanto Enivaldo Quadrado quanto Breno Fischberg
passaram a atuar em proveito dos interesses do PP", afirmou Joaquim
Barbosa. Apesar disso, ele foi absolvido da acusação de ter participado da quadrilha
do mensalão. Condenado por lavagem de dinheiro e absolvido por formação de
quadrilha.
Valdemar Costa Neto
Presidente do extinto PL, que posteriormente se uniu ao Prona
dando origem ao Partido da República (PR), Valdemar Costa Neto foi condenado
por corrupção e lavagem de dinheiro por ter recebido recursos para garantir o
apoio do partido aos projetos do governo federal. "Os autos levam-me à
conclusão que Costa Neto recebeu os valores de Marcos Valério em razão de sua
condição de parlamentar", disse Ricardo Lewandowski, em posição seguida
por todos os demais ministros. Sobre a acusação de participação na quadrilha do
mensalão, Lewandowski recuou de seu voto inicial e garantiu o empate que
absolveu o réu. Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; absolvido
por formação de quadrilha. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Jacinto Lamas
Ex-tesoureiro do PL (atual PR), Jacinto Lamas trabalhava como
assessor do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) na época do escândalo. Segundo
o ministro Joaquim Barbosa, ele agia como intermediário dos pagamentos feitos
pela agência SMP&B por meio da empresa Guaranhuns, que serviu para ocultar
a origem do dinheiro do esquema. A maioria dos representantes da Corte entendeu
que ele teve participação nos repasses em benefício do PL. A única absolvição
foi em relação à acusação de formação de quadrilha, já que o empate nos votos
beneficiou o réu. Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; absolvido
por formação de quadrilha.
Bispo Rodrigues
Deputado federal pelo PL (atual PR) do Rio de Janeiro, Bispo
Rodrigues renunciou ao mandato em 2005 para escapar da cassação, após ser
flagrado transportando R$ 150 mil sacados na agência do Banco Rural em
Brasília. O relator do processo rechaçou os argumentos da defesa sobre a
existência de caixa dois de campanha e disse que ficou comprovado que o réu teve
participação na compra de votos em troca de apoio aos projetos do governo
federal. Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Antonio Lamas
Irmão de Jacinto Lamas e assessor do PL (atual PR), Antonio
Lamas havia sido acusado de receber recursos do mensalão em nome do então
presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. No entanto, em suas alegações finais
o Ministério Público pediu a absolvição do réu por falta de provas,
posicionamento que foi seguido pelo relator, Joaquim Barbosa, e por todos os
demais ministros da Corte. Absolvido por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Foto: Divulgação
Roberto Jefferson
Deputado cassado em 2005, o presidente do PTB revelou, em junho
de 2005, o esquema de pagamento de propinas mensais a deputados para que eles
votassem a favor do governo no Congresso. Para o relator do processo, Joaquim
Barbosa, ficou comprovado o envolvimento de Jefferson com o esquema de compra
de votos por apoio parlamentar. Ao destacar que ele recebeu pessoalmente
dinheiro de Marcos Valério, o ministro disse que ele atuou para ocultar a
origem e o real fim dos valores. Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
Romeu Queiroz
Ex-deputado pelo PTB, Romeu Queiroz foi acusado de ter recebido
R$ 102,8 mil de propina para participar do esquema de compra de votos de
parlamentares. Ao condenar o réu, o relator do processo, Joaquim Barbosa, disse
que Queiroz utilizou da mesma sistemática de Roberto Jefferson para esconder a
origem dos recursos recebidos, posição acompanhada pela maioria dos ministros.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
Emerson Palmieri
Ex-tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri foi condenado
por ter atuado ao lado de Roberto Jefferson para viabilizar o repasse de
recursos do núcleo central da quadrilha em favor do partido. Embora o revisor
do processo, Ricardo Lewandowski, tenha pedido a absolvição do réu, que
classificou como coadjuvante no esquema, o entendimento não foi seguido pela
maioria dos ministros.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foto: José Cruz/Agência Brasil
José Borba
José Borba era deputado federal pelo PMDB na época da denúncia
do mensalão, mas renunciou à cadeira em 2005 para fugir da cassação. O atual
prefeito da cidade paranaense de Jandaia do Sul pelo PP foi condenado pela
Corte por corrupção por ter recebido recursos no núcleo central da quadrilha
para votar de acordo com os interesses do governo. No entanto, houve empate
sobre a imputação de lavagem de dinheiro, o que resultou na absolvição.
Condenado por corrupção passiva; absolvido por lavagem de dinheiro
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Anderson Adauto
Atual prefeito de Uberaba (MG), o ex-ministro dos Transportes
Anderson Adauto era filiado ao antigo PL (atual PR) quando recebeu recursos do
mensalão, por meio do seu chefe de gabinete, José Luiz Alves. Apesar de o
relator do processo ter votado pela condenação do réu pelo crime de corrupção
ativa, ele foi absolvido pela maioria por falta de provas. Sobre a acusação de
lavagem de dinheiro, o empate na votação também resultou pela absolvição do
réu.
Absolvido por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
José Dirceu
Acusado pelo Ministério Público de ser "chefe de
quadrilha", José Dirceu ocupava o cargo de ministro da Casa Civil na época
do escândalo do mensalão e teve o mandato de deputado federal cassado em 2005.
Para o ministro Joaquim Barbosa, ele era o mandante dos pagamentos de vantagens
indevidas aos parlamentares para apoiar as votações de interesse do governo.
"É evidente o vínculo de hierarquia e subordinação entre o Dirceu e os
demais membros do núcleo político", disse o relator. Contrariando Barbosa,
o revisor, Ricardo Lewandowski, argumentou que não ficou comprovado o
envolvimento do político com a compra de votos, mas a maioria dos ministros entendeu
pela condenação do réu.
Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha
Foto: Reuters
José Genoino
Presidente do PT na época do esquema do mensalão, José Genoino
foi apontado como o interlocutor político da organização criminosa. Para o
relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, apesar de não ter poder de
"bater o martelo", que era de José Dirceu, Genoino assinou os
empréstimos feitos junto ao Rural em nome do PT. Além disso, transformou a sede
do PT, em Brasília, em uma "espécie de central de reuniões entre Valério e
Delúbio com deputados que receberam dinheiro". Contrariando Barbosa, o
revisor, Ricardo Lewandowski, disse que Genoino não poderia ser condenado
apenas por ter sido presidente da sigla. Os argumentos do relator venceram e o
réu foi condenado pela maioria.
Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha. Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência
Brasil
Delúbio Soares
Responsável pelas finanças na campanha do ex-presidente Lula em
2002, o ex-tesoureiro do PT foi apontado pelo relator, Joaquim Barbosa, como
"fonte das ordens de pagamento". Segundo o ministro, era o
ex-tesoureiro quem definia quais parlamentares deveriam receber o dinheiro da
fraude. O posicionamento do relator foi seguido pelos demais ministros da
Corte, que condenaram o réu por unanimidade por corrupção ativa. Já sobre a
imputação de formação de quadrilha em associação ao núcleo publicitário
comandado por Marcos Valério e a dirigentes do Banco Rural, foram seis votos a
quatro pela condenação.
Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Duda Mendonça
Publicitário da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002,
Duda Mendonça foi acusado de abrir uma conta no exterior para receber parte dos
R$ 11,2 milhões que deveriam ser pagos pelo PT por seus serviços no período
eleitoral. Apesar de o relator do processo, Joaquim Barbosa, ter pedido a
condenação do publicitário por lavagem de dinheiro, ele foi voto vencido.
Ricardo Lewandowski entendeu que o dinheiro foi para o pagamento dos serviços e
que ele não tinha conhecimento da origem ilícita dos valores, posição
acompanhada pelos demais ministros. Sobre a acusação de evasão de divisas, o
réu foi inocentado por nove dos dez membros da Corte. Absolvido por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Zilmar Fernandes
Sócia de Duda Mendonça, a publicitária Zilmar Fernandes foi
acusada de ter sacado R$ 1,4 milhão pessoalmente em agências do Banco Rural e
de ter negociado com Marcos Valério o recebimento dos recursos pelos serviços
prestados ao PT em contas no exterior. Assim como Duda Mendonça, Zilmar
justificou que os valores recebidos eram referentes a serviços prestados ao
partido e que não houve ocultação dos repasses. O relator do processo, Joaquim
Barbosa, pediu a condenação de Zilmar por lavagem de dinheiro, mas a maioria
dos ministros decidiu pela absolvição. Ela ainda foi considerada inocente do
crime de evasão de divisas. Absolvida por lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
João Magno
O ex-deputado federal João Magno (PT-MG) foi acusado pelo
Ministério Público de ter utilizado assessores e o próprio irmão como
intermediários no transporte do dinheiro recebidos do esquema do mensalão.
Embora o relator do processo, Joaquim Barbosa, tenha pedido a condenação do réu
por lavagem de dinheiro, não houve consenso no plenário do STF. Com o empate de
cinco votos pela condenação e cinco pela absolvição, ele foi considerado
inocente. Absolvido por lavagem de dinheiro.
Paulo Rocha
Líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados quando foi
envolvido no mensalão, Paulo Rocha foi acusado de receber R$ 820 mil do
valerioduto. Para o relator da ação penal, Joaquim Barbosa, Rocha tinha
conhecimento da origem ilícita do dinheiro repassado por meio do empresário
Marcos Valério. Já o revisor, Ricardo Lewandowksi, disse que não ficou
comprovado o envolvimento do réu na lavagem. Como houve empate, a Corte decidiu
pela absolvição do réu. Absolvido por lavagem de dinheiro
Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência
Brasil
Professor Luizinho
Luiz Carlos da Silva, chamado de Professor Luizinho (PT-SP), era
líder do governo na Câmara dos Deputados na época do escândalo. O
ex-parlamentar foi acusado de receber R$ 20 mil por intermédio de José Nilson
dos Santos, que trabalhava em seu gabinete. O relator do processo, Joaquim
Barbosa, disse não ver provas de que a quantia foi remetida ao ex-parlamentar,
tampouco que ele tenha lavado o dinheiro. A posição de Barbosa foi seguida por
todos os demais ministros da Corte, que absolveram o réu.
Absolvido por lavagem de dinheiro. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Absolvido por lavagem de dinheiro. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Anita Leocádia
Auxiliar do ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), Anita Leocádia foi
acusada de ser a principal intermediária entre o ex-parlamentar e Marcos
Valério. Segundo a denúncia, ela recebeu R$ 620 mil do valerioduto, sendo que
R$ 200 mil teriam sido entregues em um quarto de hotel na cidade de São Paulo.
O ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal, concluiu que não há provas
suficientes do envolvimento da ré com a lavagem do dinheiro e ela acabou
absolvida por unanimidade no plenário do STF. Absolvida por lavagem de dinheiro
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
José Luiz Alves
Chefe de gabinete no Ministério dos Transportes na época do mensalão,
José Luiz Alves foi acusado de ser responsável por sacar R$ 600 mil para o
então titular da pasta, Anderson Adauto. Atualmente, Alves preside o Centro
Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (MG), cidade da qual
Adauto é prefeito. Tanto o relator, Joaquim Barbosa, quanto o revisor, Ricardo
Lewandowski, entenderam que não há provas de que o réu soubesse da origem
ilícita dos recursos. Todos os ministros da Corte votaram pela absolvição de
Alves.
Absolvido por lavagem de dinheiro. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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